Megalofobia

Errante tornei-me
No sono eterno repousei-me
A face corada pelo vermelho
Tímido em frente ao espelho
Com o corpo nu a escancarar perdido
Escondo sorrisos,me dei por vencido !
Olhando a depressão profunda .
Na nódoa da vida, se tornou imunda !
Lembro-me das lagrimas do passado
Sou um homem errante,manchado !
Vivo distante,embriagado
A perdição tomou conta de meu corpo vazio.
Sou demente,sou vilão,sou frio.
A flor do campo que desabrocha
A morte singela mostra.
Que a vida não é bela.
No mar sujo  enxergo a ostra
No lodo do oceano encontrei a mais bela perola
Que me amastes num pranto,
Prendeu-me na capela !
A vela queima o manto !
Queima o véu da virgindade !
Profanei de ti feito um monstro.
Sou culpado por tal insanidade !
Fiz ela delirar de prazer no lodo da maldade.
Sei que sou doente,mereço morrer na enfermidade!
Meu peito cancro sangra sem parar.
São as lembranças da moça,que meu coração fez sangrar !
Perdido me encontrei sozinho,
A volúpia do véu se dissipou .
Encontrei em teu ninho,
O amor que me deixou !
Os pássaros daninhos que na vida voou .
Enrolaram-me na tristeza,no oceano afogou !
Os pulsos brancos,o sangue avermelhou !
A dor de vê-la morta,foi tão grande que me Matou !
Fui poeta,fui errante,
Fui pateta,fui amante !
Fui feliz e agora ponho-me triste a lamentar
Pela alma distante,que o pulso fez-se a cortar.
Convulsiva a chorar,e a morrer de amores !
Sentiu dores agonizantes,
Em sonhos tão distantes.
Morta feito eu,está !

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