Megalofobia


Refugiado da culpa
Eu não tenho a dor
Se faltar , tudo
Não terá escolha,a não ser fazer.

Presos e sujos,sem saber o gosto do sangue
Errado  tento achar a solução
Dentro da minha mente culpada
Todo peso de uma culpa mortal

Prezado sanguinário, aqui nem os tristes choram
Horror de um culpado , um peso eterno
Escravos da carne,do pecado sem vingança
Só o sangue derramado,só o sangue derramado

Noite de núpcias , o estalar das taças um brinde com vinho
Um vestido rasgado, a luz do luar denuncia um crime
O rosto da noiva,seu olhar morto no brilho da lua
Um vestido rasgado,o sangue fresco por todo lugar

Pesada seja a culpa eterna de não ter você do meu lado eternamente
Fiz uma aliança com um ser morto.
Estou farto , me leve com você,não quero mais o sangue
O futuro me mostra que não tenho um.
                                                                                    
Como numa novela nossa historia começou
Viajamos a barco,pra um lugar sem volta, uma ilha em que quero esquecer
Lá ficamos presos, sem comida , não havia nada mais a se fazer
Nossas núpcias se tornaram algo horrível, fiz o que mais temia
A fome se passava , e eu só a tinha, cometi ato de antropofagia
                                                                                                          
Seu corpo usei por dias e dias, não consigo tirar de mim o cheiro da carne
A luz do luar denuncia meu crime, sob a areia da ilha, a carcaça de um cadáver
Apresento-te os restos mortais de minha esposa
Eu a amava, de tanta dor e remorso meu sangue se desvaira em lagrimas
Não queria ter que cometer esse ato tão cruel , foi a alternativa de me manter vivo
Me desculpe,minha esposa.

Categories:

Leave a Reply